Muitas pessoas já conhecem a forma tradicional de criar uma empresa: geralmente uma ou duas pessoas, às vezes mais, se tornam sócias abrem uma empresa, preparam a infraestrutura e contratam empregados para realização do trabalho.
Contudo, ao longo dos últimos anos, percebemos no Brasil a grande dificuldade dos modelos tradicionais e o grande volume de desempregados que temos atualmente.
Diante disso, um novo modelo está ganhando espaço na economia. A chamada economia solidária tem se mostrado uma alternativa bastante interessante para ajudar as pessoas na criação de oportunidades de trabalho e geração de renda. Tem sido tão relevante que já tem até um dia para chamar de seu: 15 de dezembro é o Dia Nacional da Economia Solidária. A data foi instituída pela Lei n°13.928, de 10 de dezembro de 2019.
Mas você sabe o que é Economia Solidária, sua importância no cenário atual e como você pode aproveitar essa oportunidade?
Diferentemente do que o nome possa sugerir, economia solidária não tem muito a ver com gestos de caridade, doações ou coisas assim. É claro que o desejo por ajudar aqueles que mais necessitam é inerente ao espírito humano. Contudo, neste caso, a solidariedade envolve atividades econômicas focadas na geração de renda por meio do cooperativismo e com foco no desenvolvimento social.
Funciona assim: um grupo de pessoas se unem para organizar uma maneira nova de empreender gerando empregabilidade e renda para os envolvidos e esse grupo pode desenvolver a oferta dos produtos e serviços que lhe parecer mais adequado. Por exemplo, um grupo com habilidades culinárias pode se reunir para produzir pães e bolos e comercializa-los em sua comunidade e região, a receita gerada além de estimular a continuidade da produção servirá para remunerar os envolvidos. O conceito empregado e empregador muda porque todos são proprietários da empresa e trabalham para seu sucesso.
Os exemplos de atuação na economia solidária são muitos, partindo dos tradicionais produtos caseiros até produtos de alta tecnologia, basta que os envolvidos no trabalho tenham as habilidades para realização do produto ou serviço oferecidos.
O Brasil dos últimos anos tem apresentado inúmeros desafios à população trabalhadora. Temos visto a cada ano um crescente número de desempregados, redução da renda e aumento da competitividade nos modelos de negócios tradicionais. E o ano de 2020 foi ainda mais desafiador por causa da pandemia da Covid-19.
Por conta disso, iniciativas na economia solidária estão ganhando mais importância por proporcionar trabalho, renda e o desenvolvimento da sociedade de maneira geral, agregando ações de inclusão social e preservação do meio ambiente.
Todas as iniciativas de economia solidária precisam de pessoas envolvidas na atividade fim do projeto para que o produto ou serviço seja entregue com qualidade, no tempo certo e com o preço justo. Ou seja, que o ciclo operacional dessa organização funcione corretamente.
Por isso, as organizações de economia solidária, mesmo não sendo um modelo tradicional de empresa, precisam de conhecimentos de Administração de Empresas para controle de seus processos produtivos, de administração geral, de vendas, de controle de contas, etc.
Não somente para a organização, mas as habilidades de gestão, negociação, planejamento financeiro, comércio e consumo consciente também precisam ser ensinadas para os empreendedores envolvidos na economia solidária.
Afinal o objetivo é gerar emprego e renda continuadamente, promovendo o desenvolvimento social e o crescimento da economia de maneira sustentável, perene e solidária.
Assim, estudantes e profissionais de Administração devem estar atentos ao tema e preparados para atuar junto às iniciativas nesta nova e reconhecida modalidade econômica.
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